Corações em pedaços

 Antigamente e recentemente, algumas pessoas tem problemas com com o coração, isto é: "sentimentos tristes, confusos, até mesmo sentimentos bons, podem causar uma certa dor". O fato é, todos nós temos histórias e não há como fugir.
 Eu nunca concordei com a forma de como as coisas acontecem. Por várias vezes fui maltratado por humanos e com esse fundamento acredito que algumas pessoas deveriam estar vivas e outras mortas.

Capítulo 1 - A primeira casa

 Quando eu era um filhote, os outros filhotes de dragões não gostavam de mim.
 Vivia em uma escola para pequenos dragões e todos normalmente tinham uma enorme predisposição e vocação para me fazer sentir mal, todos os dias, até mesmo os professores e meus pais.
 Todos me depravavam, eu não conseguia voar, eu não conseguia soltar fogo, não conseguia fazer integralmente nada. Por isso, eu decidi partir, caminhando sobre minhas quatro patas até chegar a uma cidadezinha, dando "Adeus" aquela floresta.
 Quando eu cheguei, levei muitos pontapés, fui chutado, nocauteado. Até que uma jovem disse:
- Olha mãe, posso ficar com ele???
- awwwnn, parece tão fofo. -Respondeu a mãe.
 Fui levado para a casa delas e nesse lugar fui criado.
 A casa era enorme e linda, mas também assombrosa.
- Essa é o nosso lar - Disse a mãe.
 De noite a garota me contava histórias, sobre seu pai, mas eu não entendia por não saber falar a língua dos humanos.
- Meu pai era um alcoólatra, drogado -Dizia-ela. - Minha mamãe nunca nos contou sobre ele ou o porquê dela gostar tanto dele, só dizia que porventura, as pessoas mudam e pode ser para melhor ou para pior.
 Ele chegava tarde em casa, quase no mesmo horário em que minha mãe chegava do trabalho, espancava e desvanecia pouco a pouco, com aquele aspecto horrível de gente bêbada. - Começou a chorar.
- Sabe?! Eu nunca entendi, nem nunca vou entender, eu só tinha 5 anos.
Eu vi meu pai morto sendo arrastado pela minha mãe e enterrado no quintal da casa. O clima de casa começou a ficar péssimo.
 De noite a garota me abraçava com aqueles olhos cheios de lágrimas, como se dissesse: "Eu preciso de muito conforto e carinho" Eu era capaz de fazer as coisas diferentes e fazer qualquer coisa por aqueles olhos, se eu entendesse ao menos o que estava acontecendo.
  De dia quando a jovem foi para a escola e sua mãe para o trabalho, eu fui brincar na casa, me divertir e explorar.
 Uma luz apareceu e foi me guiando até o quarto da mãe dela, mas a porta estava trancada, eu precisava abrir por curiosidade, mas me dava medo e tinha uma força que me impedia.

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Explorar mais / Tentar abrir a porta do quarto / Sair daquela casa e buscar outro caminho

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